Maria Adelaide Calado
Flor de giesta, tojo ou rosmaninho, importa é dizer que desabrochou na Planície a 19 de Outubro de 1931. Menina do campo pintou-lhe as cores, escutou-lhe as melodias, bebeu-lhe os ares. Pressentindo de muito nova o apelo à maternidade, acolheu-se às saias da avó materna que lhe ensinou a fazer a roupa das bonecas, ao mesmo tempo que a divertia com as suas próprias histórias: de lobos que lhe saíam ao caminho; de ladrões que roubavam parelhas de mulas... Mulher forte a quem foi buscar a tenacidade que a vida requer em tantas ocasiões! Do avô paterno tem saudades sem o ter conhecido porque, do que lhe "rezam" as crónicas familiares, é o seu retrato vivo. Foi esta herança que lhe permitiu fazer estudos primários em Alter do Chão, secundários em Portalegre e superiores em Coimbra. Tem queda para o linguajar e por isso se licenciou em Filologia Germânica. Amou os alunos dando-lhes e recebendo deles o que pôde durante os vinte e sete anos de profissão no Ensino Básico. De resto, o seu campo de luta e de trabalho tem sido na família. Além de acreditar e tentar que outros acreditem que é Deus que rege a vida...