Vínculos quebrantáveis. O Morgadio de Boassas e suas relações. Séculos XVI-XVIII
Género História
Ano 2012
ISBN 978-989-703-052-9
Idioma Português
Formato brochura | 280 páginas | 17 x 24 cm
O percurso de investigação [nesta obra] tornou-se fulcral, porque usou um arquivo caracterizado por grande número de processos judiciais, litígios na maior parte ligados à posse do vínculo ou de prazos, cobiçados por vários elementos da família, num trajecto que se inicia com o nascimento do vínculo na cidade do Porto, no terceiro quartel do século XVI, e que parece apagar-se na mesma cidade, próximo do final do século XVIII, sendo que grande parte das relações entre os seus membros se articularam a montante da cidade, em pleno vale do Douro. [...] Como se poderá avaliar, o interessante deste estudo reside no facto de partir da análise de um indivíduo – o instituidor – para se atingir o(s) do(s) habilitante(s) do vínculo, acompanhando o processo, que se seguiu à morte do último, legítimo e directo administrador do morgadio, pela «visão litigante» que envolveu um círculo de familiares em contenda [...] cujos elementos cumprem o seu papel estritamente regulamentado pela instituição. O percurso realizado aponta noutra direcção, a de uma mudança na concepção do morgadio, não só como uma organização destinada a perpetuar valores míticos e simbólicos de nobreza e distinção mas, através de uma visão cognatícia alargada, como um meio orientado para colmatar falhas ou «defeitos do sangue» (expressão da época). Inês Amorim no Prefácio Tábua de matérias Abreviaturas e siglas utilizadas Apresentação Prefácio Introdução Capítulo I – Da Rua das Tendas “a Cima do Douro”: contextos e percursos em análise 1. O Clérigo Jorge Vaz Campelo. Um homem do seu tempo? 2. Dois pequenos mundos num Universo: a aldeia de Boassas, o Porto e o Douro que os une 2.1. A Rua das Tendas: breve aproximação à sua vivência 2.2. A dinâmica de uma aldeia: compadrio e reconstituição social (1589-1663) Capítulo II – «O mecanismo vincular»: Movimentos de uma engrenagem 1. Casa, família e linhagem: vocabulário em confronto 1.1. Os Campelos: família ou famílias? Linhagem que se criaou reestrutura? 1.2. Casa e casas: objectos aglutinadores e relacionais Gravatos Revogato Castanheira Picão Barbeita Paredes 2. Um perfil para os morgados? Papéis, deveres, funções e imagem 3. «Os outros»: desfavorecidos e excluídos 3.1. A Mulher 3.2. Os filhos segundos 3.3. Os ilegítimos e espúrios Capítulo III – «Vínculos quebrantáveis». Conflitualidade, continuidade e fractura 1. Uma história de litígios? 2. Os pleitos 2.1. Disputa pelos prazos de geração (vínculos perenes?) 2.2. “…esperaçe da Douta Ciência a Rezulção…” os advogados, escrivães e tabeliães Caso 1 (Revogato-Gravatos) Caso 2 (Barbeita) Caso 3 (Paredes-Abade de Oliveira) 3. De Boassas, do Abelhal, dos Campelos. Um vínculo quebrantável Conclusão Corpus documental Documentos Quadros Outros Diagramas Genealógicos Fontes I. Fontes Documentais II. Fontes Impressas Material iconográfico