Armor Pires Mota nasceu a 4 de Setembro de 1939, em Águas Boas, freguesia de Oiã. Estudou no Seminário de Aveiro. Chegou a teologia, abandonando, entretanto, a carreira em 1961, ano em que dava à estampa as primícias literárias, reunidas no livro Cidade Perdida. Frequentou o ensino liceal em Sangalhos. Entretanto, era chamado a cumprir o serviço militar. Foi mobilizado em 1963 e fez a sua comissão de serviço na Guiné, como alferes miliciano. Ainda em comissão, começou a publicar no Jornal da Bairrada o seu diário de guerra que, em 1965, havia de ver a luz das livrarias, mas por poucos dias. A ex-PIDE incluía o Tarrafo no índex de obras proibidas.
Em 1974, abalançou-se a ser pequeno empresário, depois de trabalhar em várias empresas (Caves Aliança e Handy). Apesar das novas tarefas, não deixou nunca de escrever para jornais, regionais e nacionais, e revistas.